Mundo! Segundo o dicionário, “A parte do universo, habitada”.

Somos parte desse mundo, em que todos, sem exceção alguma, têm algo de diferente, seja uma história, ou um modo de vida.
Enquanto a fama, beleza e o dinheiro tomam conta de alguns, outros, preferem apenas ter uma leve vida, com os amigos, independendo de qualquer fator que possa influenciar [seja ele dinheiro, idade, sexo, etc...].

Não há o quê falar de alguém, totalmente desligado do mundo, que foi por muitas vezes motivo de zoação na escola, que sempre foi extremamente tímido, sedentário, não fazia uma flexão sequer. Resumindo, algo que pode ser chamado de “nerd”!

Esse cenário mudou exatamente quando minha auto-estima estava no mínimo...
Uma reviravolta totalmente inesperada, inaceitada, e sem sentido!

No início, o que se esperava, era que em um ou dois meses, eu esquecesse isso, não desse continuidade ao que eu diria “eterno”. Cenário que foi mudando aos poucos.
Depois de algum tempo, parei e pensei o quanto tudo havia mudado, tanto da maneira como algum reflexo meu, ou da maneira como eu estaria fazendo 20 flexões já tinha sido algum avanço, que poucos percebiam, mas era um avanço.
Coisas simples mudaram, desde a forma que eu mudei até minha maneira de andar, até a forma que hoje eu sei que uma grande amizade, não precisa de 20 anos de existência! Isso foi apenas o início, pois aos poucos, cada texto que eu lia na internet, ou cada obstáculo que eu superava, eu imaginava como que seria caso o parkour não aparecesse pra mim.
Estive recentemente lendo o texto que o Duddu postou em seu blog, e vi que mesmo com meus 8-10 meses de treino [não sei exato] , há muita coisa que eu ainda não fui capaz de perceber, ou até mesmo, que não fui capaz de fazer, e pulei etapas!
Li recentemente também, um texto de Pedro Bronze, onde ele pergunta se parkour, é realmente aquilo que achamos, e ele diz que pra se considerar um tracer, você não precisa somente fazer precisions gigantes, cat’s “grotescos”, ou climbar monstruosamente, é preciso muito mais do que isso, é preciso saber valores, que Pedro Bronze chamou de “Físico, Mental e Moral”.
O que tenho a dizer, é que após esse pequeno tempo, várias coisas aconteceram, e hoje, tudo parece mais diferente ao olhar, não como locais de treino, mas sim como o que muitos chamariam simplesmente de “mundo”.
“É algo tão automático se preocupar com NOSSOS problemas, com NOSSA vida, com o que é NOSSO que acabamos por não dar importância a detalhes que podem não fazer a diferença para nós, mas a fazem para outras pessoas.”

Ouvi uma história, que dizia mais ou menos assim: “Havia um certo garoto, que todo dia, ao ver que a maré havia baixado, e que muitas estrelas-do-mar haviam ficado encalhadas, ele ia a beira da praia, apenas para joga-las de volta ao mar, num certo dia, um rapaz que o observava, foi perguntar por que o garoto fazia aquilo, já que eram milhares de estrelas que ficavam encalhadas, e que isso não fazia diferença alguma, então o garoto olhou, sorriu e disse: “Pode não fazer diferença pra todas, mas faz a diferença pra AQUELA estrela!” ”
Quando ouvi essa história, apenas refleti como que eu poderia fazer a diferença, mesmo que fosse apenas pra aquela pessoa[ou não], isso mudou mais ainda meu ponto de vista das coisas, e espero que mude cada vez mais, desculpem-me o texto gigante, é que não sei me expressar bem por textos ^^. Bjundas
Oi, sou Adriano, faço parte do grupo Ibyanga de parkour. Estamos convivendo juntos há dois anos. O que dizer quando pessoas de mundos diferentes juntam-se por um ideal... ahuahuahuauha

A verdade que a convivência com essas pessoas veio se tornando através do tempo, a melhor das companhias, a melhor das conversas e das brincadeiras. Shakespeare tava certo quando falou que “bons amigos são a família que nos permitiram escolher.” E que “seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.”

Em todas as viajem, treino, e discussão, os laços vão se estreitando e se tornando tão coeso que some a olho nu. Ate pessoas que não fazem parte das nossas atividades, se tornaram indispensáveis, por idéias equivalentes... E outras coisas também (^^). Nunca foi necessário força nossos encontros, ate por que idéias estavam sendo formuladas, daí era inevitável não nós encontramos. De certa forma criamos nosso dialeto, nossos sinais e nossa identidade como grupo/pessoa.

Tive grandes amigos na minha infância, gostaria de estar com eles ainda hoje, mais não foi possível porque o tempo passou, e vamos dando novos caminhos para nós nessa estrada, e muitos destes caminhos, não condiz com a pessoa que eu tento ser hoje.

Hoje eu tenho amigos que moram muito longe, mas que fazem parte, diariamente da minha vida. Mas, o que acontece quando aquele que está próximo vai embora?... Vou me permitir acreditar que isso não vai acontecer.

Aconteceu o 2º encontro nordestino e eu não foi (=/). E todos os “mlks” que treinam comigo freqüentemente, foram para Natal. E eu ainda tava tendo prova no curso e não podia sair direito com as pessoas que eu gosto de esta. Foi o fim de semana mais logo da minha vida, e também o mais ansioso... Foi a primeira viajem do Leleo, pelo parkour, e queria saber como foi pra ele. Acho que família é isso mesmo, essa coisa toda de se preocupar com os seus.

Esse é um ano de grandes mudanças em mim e acredito que no nosso grupo também, de proporções extremamente significativas, tão grandes que tem tirado o meu sono às vezes. Temos responsabilidades que não tínhamos antes, isso tem mostrado pra mim o quão grande é o nosso valor social. O questionamento introspectivo de um cidadão, de tentar entender nossa atividade, já gera uma mudança no mesmo.

Estou percebendo que o parkour não tem barreiras, e ele vem quebrando as minhas.
Não, não vou falar de reciclagem ou coleta seletiva.
Este post servirá apenas para marcar o início do meu período de reciclagem.
A partir de hoje treinarei somente descalço e minhas rotinas de treina serão feitas com base em treinos para iniciantes.
Contato: Ibyanga@parkour.com.br